Minutos depois da morte, as células começam a morrer devido a escassez de oxigênio e é aí que a pele se torna pálida, acontece o esfriamento do cadáver e o endurecimento dos músculo, dando início ao que chamamos de “processo de putrefação.”
Depois do tórax, o médico corta o couro cabeludo de uma orelha a outra para remover o cérebro. A tampa do crânio é retirada com uma serra elétrica, mas o cérebro só pode ser retirado se todos os nervos que o conectam ao resto do corpo são cortados, até os nervos ligados aos olhos
Dias depois, a gravidade leva o sangue para as partes mais baixas do corpo, causando manchas vermelhas. Zonas esverdeadas surgem enquanto as unhas caem e o cadáver começa a exalar um odor terrível pela liberação de substâncias químicas como a putrescina e/ou a cadaverina.
Consequentemente, os cabelos já começam a cair. Por fim, ao passar dos meses e dos fenômenos da decomposição humana, se o corpo resistir a temperatura de 10°C, levará cerca de 4 meses para que os tecidos moles se decomponham, restando apenas o esqueleto do falecido.
Mas, antes do processo mencionado, o que acontece com a pessoa quando é encontrada morta? Como é a necrópsia?
Antes de tudo, após o reconhecimento do falecido pela família, o corpo é identificado com um número que remete a documentos como o RG e o Boletim de Ocorrência.
Semanas depois da morte, alguns insetos (principalmente moscas) chamados de “fauna cadavérica”, começam a comer o cadáver. As larvas digerem, em uma semana, 60% do corpo. Logo, inicia-se a transformação das áreas roxas em pretas, conforme as bactérias se alimentam do corpo.
Uma ferida escura causada pela entrada de projétil de arma de fogo, quando é disparado encostado na pele. Pela presença de plano ósseo subjacente, forma-se a lesão conhecida como “A Câmera de Mina de Hoffman”.
As roupas e objetos do falecido são enviados para o Instituto de Criminalística da Polícia Científica, que faz perícias em “cenas de crime” e objetos. Inicialmente, o cadáver é pesado e lavado com água e sabão. Na sala de necrópsia, o exame começa com a análise externa do corpo.
O processo inteiro após o corpo ser encontrado e levado ao IML, que dá a liberação do corpo, dura de quatro a oito horas. A necrópsia em si leva entre duas a três horas. Ao fim do exame, o IML emite uma Declaração de Óbito, com a identificação do falecido e a causa da morte.
Os órgãos que foram danificados e podem ajudar na descoberta da causa da morte são retirados e examinados – como um coração esfaqueado ou o estômago, no caso de envenenamento. É feita o que chamam de análise geral e microscópica, os resultados são descritos no relatório final.
O médico legista e o auxiliar analisam possíveis furos de bala, lesões e sinais que identificam, como tatuagens ou cicatrizes. Os detalhes são anotados em um documento que será emitido pelo IML. Veja alguns sinais que mostram quando o morto foi baleado de perto por arma de fogo:
Após identificar feridas, o próximo passo é o exame interno. Ocorre a abertura das cavidades do cadáver e o exame das vísceras. O médico legista faz um corte que vai do pescoço ao púbis e que pode ter formato de Y, de T ou de I, para ter acesso à caixa torácica e ao abdómen.
AVISO: Se você for sensível ao assunto mencionado já no primeiro tweet, criminologia ou medicina legal, aconselhamos não seguir a leitura adiante. Pode ter imagens que te deixe desconfortável.