Que cena potente. E o contexto vai além da imagem em si.
O menino se chama Giannis Papastefanakis. Num país de rivalidades tão fortes como a Grécia, ele virou símbolo pelo fim da violência no futebol. Pode reparar que ele veste o agasalho do PAOK. (+)
"O homem sem auge"
O que pode soar a priori como crítica feroz, na verdade é um baita elogio. Foi assim que a revista Kicker descreveu Toni Kroos nesta despedida.
E é uma boa reflexão: qual o auge de Kroos? Talvez a passagem inteira pelo Real Madrid. (+)
Essa troca de fornecedor esportivo da Alemanha, deixando a Adidas depois de 70 anos para vestir Nike, é um negócio muito grande. Difícil até comparar o tamanho dessa "virada de casaca".
A Adidas, mais do que uma parceira de longa data, é parte da identidade da seleção alemã. +
O tamanho do simbolismo disso...
Pinto da Costa virou diretor de futebol do Porto em 1976. É presidente desde 1982.
Villas-Boas nasceu justamente neste intervalo, em 1977. E a maneira como ele chegou ao Porto em 1994, aos 16 anos, é maravilhosa. (+)
Um momento histórico para o FC Porto: André Villas-Boas, ex-treinador do clube, é eleito para a presidência e encerra um período de 42 anos de Jorge Nuno Pinto da Costa no cargo.
Leverkusen - de volta a uma final europeia após 22 anos, não é campeão continental há 36 anos
Atalanta - primeira final europeia
Olympiacos - primeira final europeia e bota a Grécia de volta em final após 53 anos
Fiorentina - busca o primeiro título europeu em 63 anos
O Olympiacos vai disputar sua primeira final europeia na Conference 2023/24.
Entre os times do passado sem o mesmo sucesso, o de 2004/05 é um dos mais legais, com Giovanni e Rivaldo.
Ficaram a minutos de tirar o Liverpool da Champions - e de impedir o Milagre de Istambul. (+)
Uma das cenas mais emocionantes da história da Bundesliga aconteceu na rodada final de 1995/96. Leverkusen e Kaiserslautern faziam um confronto direto para evitar o rebaixamento - que seria inédito para ambos. Oponentes na ocasião, Brehme e Völler preparavam suas aposentadorias.
Leverkusen 2023/24 é o primeiro campeão invicto da história da Bundesliga. E isso ocorre graças ao Leverkusen 1986/87 e ao Leverkusen 2012/13. O recorde até então:
- Bayern campeão em 1986/87 com uma derrota, para o B04
- Bayern campeão em 2012/13 com uma derrota, para o B04
"O melhor jogador que já atuou no Brasil"
A avaliação era de Kanela, histórico treinador bicampeão mundial de basquete com a Seleção. O jogador era Bill Russell, então um novato de 22 anos. Bicampeão da NCAA, mas só um novato rumo à NBA, bem antes de ser lenda dos Celtics.
Um dos jogos mais interessantes da Data Fifa é o Uruguai x País Basco. E o amistoso é bacana não apenas pela volta de Bielsa a Bilbao ou pelas particularidades do time regional. Indo além, os descendentes bascos possuem um peso imenso na própria história do futebol uruguaio.
(+)
Rodada final emocionante no Russão. Dynamo Moscou era líder e podia encerrar o jejum desde o Soviético 1976. Perdeu o confronto direto para o Krasnodar, que ia levando o título inédito. Porém, Zenit virou aos 85' contra o Rostov e foi hexa.
Zenit 57 pts, Krasnodar 56, Dynamo 56
O Heidenheim vai disputar as copas europeias pela primeira vez em sua história, e logo após estrear na Bundesliga. Ficou em oitavo e vai à Conference ajudado pelo título do Leverkusen na Pokal.
A história do Heidenheim tem vários detalhes bacanas, que merecem destaque. (+)
O menino mais uma vez deu sorte. Em poucos dias, dois clubes gregos foram campeões continentais, no basquete e no futebol.
Giannis foi convidado de honra do Olympiacos na final da Conference. Foi muito celebrado pelos jogadores. E, com o blusão do PAOK, recebeu o troféu.
O Bayer Leverkusen tem uma relação de longa data com o Brasil. Alguns dos maiores ídolos do clube são brasileiros e a BayArena foi a primeira casa europeia de vários grandes jogadores do país. É a nacionalidade com mais estrangeiros na história do B04.
Quem são eles: (+)
O Galatasaray foi campeão com 102 pontos em 38 rodadas, recorde absoluto do Campeonato Turco. O Fenerbahçe acaba vice com 99 pontos, segunda maior marca da história. Ainda fez 99 gols, sete a mais que o Gala. Num campeonato absurdo, o vice mais doloroso. +
Fenerbahçe x Olympiacos farão um dos jogos mais quentes desta quinta-feira. A rivalidade entre gregos e turcos é enorme, com diversos conflitos no passado.
Porém, os gregos tiveram muita influência nos primórdios do futebol turco. A grande lenda do Fener é de origem... grega (+)
Ao longo dessa temporada, Giannis virou talismã do PAOK. Esteve em todos os jogos do clube do coração, em casa e fora, pelo Campeonato Grego. Os alvinegros acabaram sendo campeões após cinco anos de hiato e o menino estava no centro da festa.
Saiu o primeiro acesso da segundona alemã: o Holstein Kiel vai disputar pela primeira vez a era Bundesliga - e volta à elite alemã após 67 anos.
O provável acesso do St. Pauli é mais badalado, mas o contexto histórico do Holstein Kiel é sensacional. (+)
Galatasaray x Fenerbahçe, nível de rivalidade: a confusão começa logo no aquecimento.
E o Fener, em plena casa do Gala, conseguiu uma vitória monumental pra levar a decisão da Süper Lig à última rodada. Temporada muito emocionante na Turquia. (+)
Giannis ganhou notoriedade quando, depois da final da Copa da Grécia de 2023, os jogadores do AEK deram a taça pra ele. O detalhe é que o PAOK tinha sido vice-campeão. Meses depois, o menino recebeu um prêmio de fair play ao lado do clube de Atenas.
Uma das minhas histórias preferidas de Brasil x Inglaterra aconteceu na Copa de 70, mas já depois do lendário jogo da fase de grupos.
Bobby Moore e Bobby Charlton visitaram a concentração do Brasil. Tiveram boas conversas e ganharam de brinde UMA CAIXA DE GUARANÁ. (+)
Como eu gosto pra caramba de Data Fifa, aproveito a época pra estudar as convocações.
Farei um fio com jogadores que podem estrear por seleções em março. A maioria recebeu a primeira convocação agora. Outros receberam antes, só não jogaram ainda.
Aviso que a thread é longa😅
Giannis também protagonizou cenas bonitas com jogadores rivais, ganhando presente do capitão do Aris e conversando com o goleiro do Olympiacos.
E o guri disse que torceria "pela Grécia" na semana de finais: pelo Panathinaikos na Euroliga e pelo Olympiacos na Conference.
Esse é um exercício interessante de se fazer, até pra se entender os conceitos dos torneios na Europa.
A Liga Europa ficou mais focada nas forças secundárias das principais ligas. A Conference abre um escopo para outros rincões do continente. (+)
Ver o Olympiacos campeão europeu desperta a curiosidade: Como seria uma Conference League na América do Sul? Se diminuir os times da Liberta e Sula, dá pra fazer. Pode até ajudar a quebrar o domínio absoluto de Brasil e Argentina. Gosta da ideia?
Bem legal o acesso do Wrexham à League One, a terceirona inglesa, depois de 19 anos de ausência. Bacana pela badalada ascensão recente, claro, mas também porque é um clube de MUITA história.
Cinco fatos que merecem ser frisados: (+)
A Geórgia conquistou a vaga inédita na Eurocopa, o maior feito da seleção desde a independência do país. É incontestável.
Mas, indo além da estreia, é legal entender que este time honra uma longa tradição. Pela URSS, os georgianos já foram decisivos até em título de Euro. (+)
Eu estava ansioso pra ver a loucura da torcida do Olympiacos na comemoração pelo título da Conference. Confesso que as imagens são ainda melhores que as expectativas.
De arrepiar:
A história vitoriosa do Athletic Bilbao está extremamente ligada à Copa do Rei. São 23 títulos do torneio, inclusive os dois primeiros. A final deste sábado será a de número 40.
E a Copa do Rei tem influência direta na adoção da política restritiva a jogadores bascos. (+)
Deportivo de La Coruña volta à segundona espanhola em grande estilo:
- 31,8 mil torcedores no Riazor
- Gol do herói Lucas Pérez no 1x0 sobre o Barça B
- Bandeirão em tributo a Arsenio Iglesias, técnico lendário do Super Depor, ao lado de Bebeto.
(+)
As oitavas da Euro vão começar e todos os oito duelos têm relações interessantes ao redor.
Em outros tempos, aproveitaria esses ganchos para fazer textos. Mas não vou deixar eles vagando só no pensamento e montarei um fio, com cinco "histórias cruzadas" de cada confronto. (+)
Com o título do Leverkusen se aproximando, farei alguns fios sobre o clube. Xabi Alonso quase sempre é exaltado pela campanha, com todos os motivos. Porém, o trabalho de montagem de elenco dos Aspirinas também é excepcional. Foi decisivo.
Como o elenco foi montado (+)
Simbólica demais essa cena. É como se o Reus deixasse o gramado do Signal Iduna Park pela última vez como jogador e voltasse ao lugar que sempre pertenceu: as arquibancadas, como torcedor desde a infância e também representante do coração aurinegro em campo.
E ainda tem Wembley.
Faleceu, aos 101 anos, Dona Celeste. Para muita gente vai ser lembrada como a rainha que deu ao mundo o Rei Pelé. Ela, porém, sempre se orgulhou em ser "somente" a mãe do Dico, seu filho querido.
Deixou um enorme exemplo de humildade e de amor materno, mesmo avessa à fama. (+)
Ver a Atalanta com o troféu da "Copa da Uefa" soa como uma volta para casa aos noventistas como eu.
A Itália teve um período muito dominante no torneio: de 1988/89 a 1998/99, foram 14 finalistas italianos (oito campeões e seis vices) em 11 edições. (+)
O Bayer Leverkusen passou à final da Copa da Alemanha como favoritaço. Vai pegar o Kaiserslautern na decisão e pode encerrar um jejum de 31 anos na Pokal.
E se o título de 1992/93 é um tanto quanto esquecido, ele também guarda uma das melhores histórias da Copa da Alemanha. (+)
O Leicester tratou o confronto direto com o Southampton feito uma final e enfiou 5x0. Encaminhou o acesso e comemorou no sofá de casa, com os 4x0 do QPR sobre o Leeds.
O acesso das Raposas tem um velho conhecido entre os heróis: ele mesmo, Jamie Vardy (+)
Não tem como reconstruir a história vitoriosa da Alemanha sem citar a Adidas. As chuteiras da marca foram essenciais para a conquista da Copa do Mundo de 1954, com as travas adaptadas para o campo pesado em meio à chuva em Berna. A aura dos tetracampeões também depende da marca.
Tradição é tradição: fiz um daqueles costumeiros mapas interativos, com todos os jogadores convocados para a Euro 2024. Estão localizados pela cidade de nascimento e todos têm uma ficha técnica.
A experiência é melhor via desktop. Aproveitem a viagem!
Copa do Mundo é meu parque de diversões. Quem me conhece sabe o quanto eu gosto de Copa - e, se não sabe, não me conhece. Quem acompanha meu trabalho, acho, também percebe. Tenho a Copa até tatuada.
E foram 30 dias (na verdade, bem mais) que me diverti muito contando histórias.
Legal esse título do Celtic pra exaltar o Joe Hart na sua aposentadoria.
Tem uma história bonita no City, mas não se firmava em lugar algum depois de ser chutado pelo Guardiola. Na Escócia ele se reencontrou. Fez boas temporadas por lá, tri em três anos.
O Leverkusen, enfim, alcança o tão sonhado título da Bundesliga. A equipe de Xabi Alonso foi brilhante para romper a sina e fazer história. Mas vale lembrar que os Aspirinas tiveram vários times ótimos que ficaram no quase - apesar da insistência.
Bora resgatar o passado? (+)
Isso aqui é folclore da bola: a redenção do Papai Noel.
Em dezembro, diante da má fase do time, a torcida do Celtic vaiou o Papai Noel no gramado de Parkhead. Cinco meses depois, o Celtic é campeão e o Bom Velhinho, ovacionado, leva o troféu ao gramado.
Campanha gigante do Olympiacos na Conference. Bateu favoritos e sobreviveu a épicos. É um campeão incontestável e, com todas as letras, histórico. Enfim o clube dono de 47 taças nacionais leva um troféu continental - e estabelece um marco inédito à Grécia.
A Data Fifa de março costuma ser um momento importante da temporada europeia de clubes: a hora de tomar fôlego rumo ao sprint final.
Vou aproveitar o momento para transformar em fio um texto que costumava fazer todos os anos: os times para se prestar atenção nesta reta decisiva.
"Endika" é um nome que todo torcedor do Athletic Bilbao conhece e menciona. Foi ele o autor do gol decisivo no título anterior do clube na Copa do Rei, em 1984.
É ídolo mais por isso do que por uma carreira longa no clube. E também por sua postura sobre o nacionalismo basco. (+)
A Adidas sempre teve um capricho enorme nos uniformes da Alemanha. A camisa da Copa de 1990 é certamente uma das maiores obras de arte da empresa e virou um símbolo da reunificação. As três listras têm uma representatividade, num país em que o nacionalismo é tão questionado.
Em outubro de 1998, Brehme ganhou uma partida de despedida do Kaiserslautern. Gullit, Rijkaard, Baggio, Del Piero, Maldini, Baresi e Bergomi jogaram. Beckenbauer e Trapattoni eram os técnicos. Völler também estava lá, claro. Foi o adeus que Andi merecia, após sua redenção.
Apolinho faleceu num dia de Flamengo na Libertadores. Sua estreia como técnico foi com uma marcante vitória pela antiga Supercopa: 3x2 sobre o poderoso Vélez, na Argentina, em 1995. Foi a ida do famoso confronto que terminou em pancadaria em Uberlândia. +
Perdemos um dos maiores comunicadores do esporte nacional. Washington Rodrigues, o Apolinho, nos deixou nesta quarta-feira. Em décadas de carreira, moldou a forma como vivemos o futebol. Criou expressões inesquecíveis - é impossível lembrar do Gol do Pet em 2001 sem lembrar do
Uma lembrança para a final da Champions é que os dois maiores jogos da carreira do Reus na competição foram contra o Real Madrid. Foram as únicas duas vezes em mata-matas da UCL que ele ganhou nota máxima na avaliação da revista Kicker. (+)
Confirmado o fim de uma das histórias de amor mais bonitas do futebol alemão.
Faltam glórias para mensurar o tamanho de Reus no BVB. Mas nunca faltou dedicação, talento, empenho para se reerguer e uma clara empolgação por jogar no clube do coração. (+)
Para quem gosta do meu trabalho, nos próximos meses farei parte da cobertura oficial dos Jogos Olímpicos, no .
Aqui a primeira grande história, sobre o Henrique Marques, que superou uma arritmia para ser aposta no taekwondo:
Se há anos rola um distanciamento da seleção e da torcida por diversas questões, sobretudo pela forma "como a DFB tornou o Nationalelf um negócio", tal argumento ganha ainda mais força agora.
Pode parecer uma mera troca de marca, mas o contexto histórico indica que não é só isso
A última temporada da carreira de Brehme foi a de 1997/98. Em declínio físico, disputou apenas cinco partidas pela Bundesliga. De qualquer forma, era uma referência de vestiário ao Kaiserslautern que conquistou o título logo em sua volta à elite. A glória incontestável ao ídolo.
O Kaiserslautern na final da Copa da Alemanha é um tributo ao ídolo Andreas Brehme, falecido em fevereiro.
O clube volta a uma final da Pokal pela primeira vez desde 1996. O capitão daquele time campeão era justamente o veterano Brehme, símbolo da Alemanha tri mundial em 1990.
Até o Ministro da Economia da Alemanha se manifestou sobre o assunto. Robert Habeck falou que "será difícil imaginar a camisa alemã sem as três listras". Classificou a relação como uma "identidade alemã" e disse até que gostaria de ver "um pouco mais de patriotismo na questão".
Antero é tudo o que qualquer jornalista deveria querer ser: leve sem deixar a crítica firme, extremamente interessado (por tudo), sensível. Inspiração na apuração, escrita, comentário. Suas histórias na cobertura de futebol internacional, em especial, são sensacionais. Vá em paz.
Agora, a Alemanha não pareceu fazer muita questão de preservar a história, diante de um contrato vantajoso. Está claro que o dinheiro oferecido pela Nike fez a diferença para a mudança da seleção. E isso gera um barulho ainda maior, às vésperas de uma Eurocopa realizada no país.
César Luis Menotti era uma mente privilegiada. Tinha uma visão ímpar sobre o futebol e a ampliava para tantos aspectos da vida. Daquelas pessoas pra parar e ouvir com atenção.
E, nesse adeus, relembro um grande episódio: quando Menotti entrevistou Jorge Luis Borges. (+)
A Alemanha era até um elemento na "guerra fria" entre as empresas esportivas. Em 2007, a Nike ofereceu um contrato enorme para os alemães, que a Adidas cobriu. A Adidas não queria perder um símbolo, a Nike botava pressão nas estratégias dos concorrentes.
Que bizarro... Clássico Monterrey x Tigres. Alguém nas arquibancadas aponta um laser contra o goleiro dos Rayados, Andrada.
Quem era o gaiato? Ninguém menos que Nahuel Guzmán, goleiro do Tigres! Não jogou por lesão e resolveu prejudicar o colega. Surreal
Soa estranha a afirmação da Adidas, de que só soube da mudança nesta quinta, junto com o resto do público. Isso indica que não houve uma contraproposta. Certamente há detalhes de bastidores que precisam vir à tona, pela maneira como os dirigentes da DFB se agarraram à Nike.
Se Mircea Lucescu é lenda na Ucrânia, o filho Razvan Lucescu cria a sua mitologia na Grécia.
Na primeira passagem pelo PAOK, encerrou o jejum de 34 anos no Campeonato Grego e foi bicampeão da Copa da Grécia. Saiu, voltou e agora reconquista a liga.
Se a Adidas não sabia, não dá nem pra justificar que a parceria se rompeu pelo momento de baixa da seleção alemã - o que poderia ter acontecido.
Fato é que, num período de mudanças, os laços com o passado e a própria construção de identidade não parecem mais importantes.
Faleceu nesta segunda Karl-Heinz Schnellinger, um dos melhores defensores da história da Alemanha.
Porém, Schnellinger não tem o cartaz que merecia, por jogar num período "entre títulos". Disputou as quatro Copas entre 1958 e 1970, mas não pôde ser campeão em 1954 ou 1974. (+)
É isso. Fazer a Trivela inteira durante quase cinco anos deu um prazer imenso, mas também tinha um custo alto no aspecto pessoal - inclusive em relação à saúde mental. Não foram poucas as vezes em que abrimos mão da nossa vida por causa da Trivela.
Brehme e Völler eram símbolos da Alemanha tricampeã do mundo, muito queridos no país. O atacante sofreu o pênalti que o lateral converteu na final de 1990. Também foram adversários na final da Copa da Uefa de 1990/91, em que a Inter de Brehme levou a melhor sobre a Roma de Völler
Ziraldo vai ser sempre uma referência, de várias formas, da literatura infantojuvenil à contracultura. E, pra mim, vai ser sempre sinônimo dos mascotes do Brasileirão. A versão dele é minha preferida, presente nos álbuns de figurinha dos anos 90. (+)
Bonita demais essa homenagem que o Benfica fez ao Sven-Göran Eriksson, com câncer terminal, antes do jogo contra o Olympique.
Eriksson era o técnico do Benfica na última final de Champions do clube, em 1989/90. Eliminou o Olympique nas semifinais.
Até dava para Leverkusen e Kaiserslautern se salvarem juntos, mesmo com o confronto direto. Antes do jogo, Brehme e Völler trocaram flores entre si. Era uma reverência mútua entre os velhos amigos, também capitães, naquela que seria a última aparição de ambos pela Bundesliga.
O Bologna volta à Champions depois de 60 anos. Eis a última escalação em copas europeias, eliminado pelo Galatasaray na Copa da Uefa 1999/00.
Pagliuca, Paganin, Bia, Falcone (Fontolan); Nervo (Zé Elias), Ingesson, Paramatti, Womé, Tarantino; Signori, Ventola (Cipriani)
(+)
Já tem oito anos que a Atalanta merece um título dessa grandeza. O trabalho do Gasperini é o melhor da Itália desde sua chegada. Alcançou feitos inéditos, praticou um futebol agressivo, revelou jogadores, renovou pilares. Enfim, vem a taça, com uma atuação pra ninguém se esquecer
Mats Hummels: vi jogar.
Dez anos atrás, Hummels teve uma senhora atuação no Alemanha x França das quartas de final da Copa do Mundo. Esse jogo no Parc des Princes fica no mesmo patamar.
Kroos teve dois momentos distintos na carreira. Na época em que atuava na Bundesliga, costumava aparecer como um meia - mais pela esquerda no Leverkusen, mais centralizado no Bayern. Já no Real Madrid, se estabeleceu mais recuado - papel que exerceu também em momentos prévios.
A torcida do Magdeburgo comemorou nesta semana os 50 anos do maior feito do futebol da antiga Alemanha Oriental: a conquista da Recopa Europeia de 1974.
É uma história fantástica, de grandes personagens e de um time formado com jovens talentos da cidade. Bora contar? (+)
Villas-Boas é torcedor do Porto desde a infância. E de carteirinha: virou associado do clube quando tinha apenas dois anos. Frequentava o antigo Estádio das Antas e, na escola, levava estudos sobre táticas do time. Na adolescência, passava horas jogando Championship Manager.
O Olympiacos conseguiu uma baita virada contra o Maccabi Tel Aviv e está nas quartas de final da Conference. Perdeu a ida em Pireu por 4x1. Na volta, fez 6x1 - com prorrogação na Sérvia.
Eram 25 anos sem o Olympiacos nas quartas de torneios da Uefa. O número é assombroso. (+)
Isso aqui é muito legal: o Stuttgart, que bateu seu recorde de vitórias numa única edição da Bundesliga (mesmo com três títulos), é o vice-campeão. Ofuscado pelo Leverkusen, mas merece muitos elogios pelo trabalho de Sebastian Hoeness e vários jogadores.
O Manchester United enfrenta o Coventry City nas semifinais da Copa da Inglaterra. Técnico dos celestes desde 2017, Mark Robins costuma ser considerado um herói em Old Trafford. Afinal, de certa maneira, ele "salvou" a Era Alex Ferguson num jogo da própria FA Cup há 34 anos. (+)
AVB pedia que o atacante Domingos Paciência (futuro treinador) voltasse ao time titular. Bobby Robson se impressionou com a visão, o detalhismo e os argumentos do rapaz. O inglês então convidou o jovem para frequentar os treinos do Porto e passou a pedir relatórios estatísticos.
Já naquele prometido ato final, os veteranos estavam novamente em lados distintos. Brehme voltou ao Kaiserslautern, onde estourou nos anos 1980. Völler abraçou o projeto do Leverkusen na reta final da carreira, pronto para se tornar dirigente assim que pendurasse as chuteiras.
Brehme, apesar da promessa de aposentadoria, ainda tinha um compromisso final: a decisão da Copa da Alemanha. E o craque ergueu a Pokal em Berlim, com a vitória por 1 a 0 sobre o Karlsruher. Porém, diante do gosto agridoce da temporada, o craque repensou seu adeus dos gramados.
O Como está de volta à Serie A do Campeonato Italiano, depois de 21 anos longe da elite. São 14 temporadas anteriores na primeira divisão, a maioria entre 1980 e 2003, um período dourado do Calcio.
Legal olhar para trás e relembrar alguns nomes. (+)
Brehme se sentia responsável pelo rebaixamento do Kaiserslautern e voltou atrás em sua aposentadoria. Queria jogar a segundona, com o compromisso de recolocar os alvirrubros na elite. Outros destaques do time ficaram e o clube trouxe o tarimbado Otto Rehhagel para o comando.
Na saída de campo, Völler e Brehme foram convidados para uma entrevista em conjunto. O lateral não continha as lágrimas por causa do rebaixamento do Kaiserslautern. Era consolado pelo atacante do Leverkusen, num gesto de companheirismo em rede nacional.
No primeiro treino da pré-temporada, 30 mil torcedores foram apoiar o Kaiserslautern. A devoção se manteve ao longo da segundona, com Brehme capitaneando o time. Jogando como líbero ou volante, o veterano de 36 anos liderou o acesso imediato em 1996/97. E não parou por aí.
"Sir Bobby Robson deu-me a oportunidade de começar a carreira. Confrontei-o com algumas questões e só alguém com a mente aberta como ele permitiria aquela arrogância de um miúdo", contou Villas-Boas, já como técnico do Porto, em 2010/11.
O Kaiserslautern, base da seleção alemã campeã do mundo em 1954, tinha participado de todas as edições da Bundesliga desde a sua criação em 1963/64. Em 1990/91, até encerrou um jejum de 38 anos sem o título nacional. Contudo, em 1995/96, foi rebaixado pela primeira vez.
Quando a bola rolou, porém, só Völler teve motivos para celebrar. Jogando em casa, o Leverkusen buscou o empate por 1 a 1 aos 37 do segundo tempo e evitou o rebaixamento. O Colônia também se safou, ao vencer o Hansa Rostock. Pior para o Kaiserslautern de Brehme.
Essa é a festa pelo acesso do Amed SK, que pela primeira vez disputará a segunda divisão do Campeonato Turco.
É um feito simbólico: o Amed é o clube de laços mais fortes com a comunidade curda e fica em Diyarbakır, com 70% de curdos em sua população. (+)
Três times cairiam diretamente na Bundesliga 1995/96. O Frankfurt sofreu um rebaixamento inédito, por antecipação, enquanto o Uerdingen era outro já condenado. O último descenso ficaria entre Kaiserslautern, Leverkusen ou Colônia, três equipes que também nunca tinham caído.
As análises ficaram tão boas que Sir Bobby arranjou até um emprego nas categorias de base para AVB. Enquanto isso, Domingos Paciência protagonizou o Porto bicampeão português: reserva de início com Robson, terminou artilheiro do time em 1994/95 e artilheiro da liga em 1995/96.
Fui procurar uma coisa pra Trivela, achei outra até mais valiosa. Abaixo, os recortes de jornal da passagem de Bill Russell pelo Brasil em 1956.
Pra começar, na Gazeta Esportiva.
Kroos tem sua própria assinatura: como o homem dos lançamentos cirúrgicos, da visão de jogo privilegiada e dos mínimos erros mesmo quando executa mais de 100 passes numa partida. A regularidade tremenda permite ver o auge de uma década inteira.
A Copa da Ásia começa nessa sexta-feira e quem conhece meu trabalho sabe como gosto de olhar para o futebol além do jogo em si. Aproveitei para estudar os elencos e as origens dos atletas. Abaixo, uma série de informações sobre locais de nascimento, ascendentes e clubes.
A volta do St. Pauli à Bundesliga após 13 anos tem todo seu simbolismo pela identidade do clube.
Além disso, outra história enorme é a forma como os Piratas sacramentam o momento superior na rivalidade com o Hamburgo. É uma inversão de papéis inédita. (+)
Em 1994, o lendário Bobby Robson virou técnico do Porto. E calhou de morar no mesmo condomínio que Villas-Boas. O garoto, então com 16 anos, pensava em se tornar jornalista esportivo. Resolveu questionar as escolhas técnicas do seu vizinho, comandante do time de seu coração.
A Copa de 2014 é um marco desta transição. Se no Bayern, como meia, às vezes Kroos era cobrado por não participar tanto, o Mundial deixou claro seu lugar. Teve jogos burocráticos e quase um erro fatal na final, mas foi um trator, sobretudo nos 7x1, com Schweinsteiger mais atrás.