Raciocínio da criança interior: preciso salvar minha mãe para me sentir segura.
Cresce uma adulta que procrastina tudo conectado à sua vida, mas que fica disponível e em prontidão para cuidar dos outros.
Raciocínio da criança: Não posso sofrer, porque minha mãe já está, então vou acalmar ela afim de evitar sentir a minha própria dor.
Cresce uma adulta salvadora e desconecta de si mesma.
Trauma é quando você sente a necessidade constante de esconder as suas fraquezas, falhas e até mesmo necessidades por medo de parecer fraca e vulnerável. >>
Você percebe o seu grau de trauma, com o medo excessivo de escassez, morte e ficar dependente dos cuidados dos outros. Medo de incomodar, vergonha de pedir ajuda. Negligência de si mesma. >>
O problema disso tudo é que hoje você precisa aprender a acolher, escutar, e ficar realmente contigo mesma, simplesmente sem fazer nada, apenas “sendo”.
E isso é o ponto de virada para você encontrar a sua criança interior que está até hoje esperando você olhar pra ela.
“Sair da zona de conforto” é uma frase bonita, mas quem teve uma infância cheia de caos e drama, talvez precise ficar confortável, se nutrir, rezar, cuidar da criança interior e se restaurar!
Pode ser que isso venha de gerações de familiares que ensinaram que você não deveria confiar em ninguém e deveria ser o mais autossuficiente possível. >>
Já a sua parte infantil, a que precisava de cuidado, era rotulada de “carente, mimada, chorona, pegajosa, dramática, fraca, doente.”
Você logo aprendeu por reforços de elogios, que para ser amada era preciso se virar sozinha o quanto antes. >>
A maior questão é que quando que você começou a “forjar a máscara de independente”, quantos anos você tinha?
Talvez você fosse constantemente elogiada ou lembrada do quanto era importante que você “aprendesse a fazer as coisas sozinhas.” >>
A cura do trauma tem diversas camadas. Às vezes você vai precisar olhar de diversos ângulos um evento até conseguir mudar a percepção interna sobre ele.
Fazer as pazes com o passado NÃO É fazer as pazes com quem te fez mal. Mas sim fazer as pazes com a PARTE SUA que permitiu que o outro te fizesse mal. Auto perdão abre portas.
Autoconfiança não é ser arrogante ou estar 100% certa. Na verdade às vezes a confiança aparece quando você aceita que errou e ainda assim permanece buscando o melhor para si mesma.
Pare de sofrer para honrar os traumas não resolvidos da sua mãe. Encontre a sua criança interior que acredita que precisa passar pelo mesmo que a mãe: traição, escassez, abusos. Liberte ela dessa crença.
A raiz da autossabotagem é:
Uma criança que sentiu que suas necessidades incomodam seus pais, precisou reprimir e acreditar que havia algo de errado com ela. =>
Não há vergonha alguma em: ainda não perdoar os pais, não conseguir ser tão evoluída, ainda estar em alguma dor emocional não resolvida. Você precisa entender que você é um ser humano e merece amor e respeito.
Raciocínio da criança: Não posso sofrer porque a minha mãe já está, então vou me acalmar afim de evitar sentir a minha própria dor.
Cresce uma adulta salvadora e desconectada de si mesma.
Esperar se sentir perfeitamente segura para fazer o que precisa ser feito é o que te faz procrastinar. Às vezes você vai precisar ir adiante mesmo cambaleante.
A maior dor não é a rejeição de outra pessoa. A maior dor é quando a rejeição do outro, já bate na própria dinâmica interna de se auto rejeitar. Curar a criança interior é um passo fundamental para melhorar a qualidade de autoaceitação.
Você não deve nada aos seus pais. Quando você nasceu, o mínimo que um ser humano decente pode fazer é te cuidar e te alimentar. Usar o cuidado básico como forma de dizer que você é devedora, é uma forma de abuso e manipulação.
O pensamento que mudou totalmente minha realidade foi: Eu não sou obrigada. Eu posso escolher o que é melhor para mim sem agradar os outros. Eu sou livre e não preciso ser compreendida por todos.
Raciocínio da criança: minha mãe não valoriza o que eu tenho para mostrar, vou desistir de fazer isso.
Cresce uma adulta que não leva adiante seus projetos e constantemente duvida das suas capacidades.
Um alerta para todos do meio espiritual: parem de demonizar a raiva. Muitas vezes a raiva pode ser saudável e ajudar a pessoa a sair da vergonha, imobilização e autocrítica.
Existe um trauma pouco explorado, que é o espiritual. O trauma espiritual consiste em você quando criança não ter sido realmente vista como essência e sim apenas para cumprir obrigações de um papel (menina boazinha, bode expiatório, filha dourada).
Se você não gosta de quem você está se tornando, olhe para suas principais referências de pessoas até os 7 anos de idade. São os comportamentos delas que você está reproduzindo de forma inconsciente. Mudar eles, significa se responsabilizar pela própria vida e narrativa.
Quando uma criança não é amparada nem suas emoções e sentimentos são validados, ela recorre a mecanismos de proteção, como o ego controlador. O excesso de controle e de pensamentos a distrai da solidão e do desamparo, na vida adulta, pode se tornar ansiedade e muito medo.
Quando você passou por trauma, você não quer se conectar de maneira profunda consigo mesma, porque isso significa experimentar sentimentos reprimidos doloridos.
Você se torna uma fugitiva de si mesma.
Quando você experimentou caos e brigas dentro de casa, o seu corpo estranha a paz e confunde ela com tédio. De forma inconsciente você busca por picos de adrenalina e se coloca em situações perigosas.
Raciocínio da criança interior ferida: tenho medo de ser criticada. Atitude do ego da adulta: melhor evitar tudo que me coloca em evidência, melhor paralisar, melhor rejeitar do que ser rejeitada.
Reprimir emoções e sentimentos não é força. Isso exige um custo energético e será exposto, cedo ou tarde. A verdadeira força vem da resiliência em enfrentar a própria vulnerabilidade.
Você procrastina, mas não porque você é preguiçosa...
não porque você é indisciplinada...
não porque te falta motivação...
e não porque você não está dando o duro o suficiente! >>
Quando um sonho é realizado - algo em você sofre com o luto da vida antiga. Por mais estranho que pareça, uma parte sua - vai desejar se lamentar e chorar pela nova direção.
Raciocínio da criança:
“Minha mãe disse que eu não sabia fazer nada direito, então é melhor que eu faça apenas o que é fácil, assim eu evito a desaprovação e o fracasso.” >>
A ansiedade pode vir da sua infância. Se quando criança você passou por caos e dificuldades sem conexão emocional e com pais imaturos, isso pode ser a origem da ansiedade. Olhar a criança é uma grande virada de chave para aliviar os sintomas.
Enquanto você está preocupada com a sua auto imagem (ego). Você não faz o que precisa ser feito. O ego é frágil e qualquer crítica estilhaça os vidros da mente.
A sensação de não querer incomodar está conectada ao modo que você foi tratada na infância. Hoje você pode se encolher, reprimir e não se posicionar perante a vida, se isso não for trazido à consciência.
“Sair da zona de conforto” é uma frase bonita, mas para quem teve uma infância cheia de caos e drama, talvez precise apenas ficar confortável, se nutrir, rezar, cuidar da criança interior e se restaurar!
Honrar a si mesma é aceitar que a versão sua de hoje é boa o suficiente para sustentar os seus sonhos realizados no futuro. Você é a argila e a escultora de si mesma. Lapide-se, seja sua própria obra-prima. ✨🫶🏻
Raciocínio da criança: Preciso dar suporte emocional e dar conta das oscilações da minha mãe.
Cresce uma adulta que sofre pressão para dar conta de tudo e se sente envergonhada quando não dá.
Indico 3 formas de você obter um desfecho (em nível emocional e energético): Escrevendo uma carta (sem enviar), Simulando uma conversa por meditação ou imaginando que a pessoa está na sua frente, Gravando um áudio (sem enviar). Libere as emoções e sentimentos e siga em frente.
Só existe segurança quando você assume as rédeas da sua vida. A maior questão é que normalmente tem uma criança interior ferida de 4 anos de idade protagonizando a sua história.
Perdoar não cura o trauma. Você pode perdoar e ainda assim ter gatilhos. O perdão não elimina do seu corpo o resíduo do trauma. Perdoar sem olhar para o corpo é como dizer para uma criança que acabou de apanhar que ela precisa ser mais evoluída, esquecer e perdoar o agressor.
Frases afirmativas para cura da criança interior:
- Eu não tenho como suprir o papel da minha avó - eu sou só filha.
- Eu não quero ser melhor que minha avó - eu só quero ser eu mesma e ser boa para mim.
- Eu sinto muito que minha mãe precisou de mãe, mas eu também precisava.
A escassez é viver anos tentando se proteger e criando escudos ainda mais fortes. A abundância é aceitar a impermanência das coisas e soltar o controle sob as ações dos outros.
A mente traumatizada está o tempo todo procurando evidências para você não se movimentar. E ao mesmo tempo querendo garantias que você tenha segurança nos próximos passos.
Então como sai da estagnação? Pare de se envergonhar pelos seus sentimentos. Reconheça eles. Deixe eles irem embora. Sentimentos são energias em movimento.
Você não tem como aliviar a dor emocional dos seus pais. Porque o que gerou a dor em primeiro lugar - são paradigmas que só eles podem soltar por eles mesmos.
O trauma faz com que você se sinta com medo de estar alegre. Quando algo bom acontece, você ao mesmo tempo, fica alerta. Isso pode levar à autossabotagem.
Você não tem a vibração baixa. Você apenas precisa se curar dos seus traumas. Você é boa o suficiente para estar aqui. Você importa. Vai no seu tempo, vai com calma e persiste. ❤